Pré-Cambriano

Introdução

Durante a maior parte do período Pré-Cambriano, a vida estava se desenvolvendo a partir de meras moléculas que tinham a habilidade de se reproduzir, pela formação de células únicas, como bactérias, até se tornar criaturas feitas de muitas células. Algumas dessas criaturas foram as precursoras das formas de vida atuais. Levando em consideração que o Pré-Cambriano inclui cerca de 85% da história da Terra, é difícil dividi-lo em comentários gerais. O mundo nos tempos Pré-Cambrianos tinham mais oceanos e os continentes ainda eram pequenos.

Linha do Tempo da Evidência da Vida

3,5 bilhões de anos - vestígios onde os micróbios podem ter vivido nas correntes de basalto recém-formado no relevo oceânico.

600 milhões de anos - os primeiros organismos pluricelulares conhecidos, como anêmonas do mar, vêm das Montanhas Mackenzie, no Canadá.

0,8 bilhões de anos - evidência de vida pode ser encontrada no sílex córneo (uma rocha sedimentaria com aparência vítrea feita de sílica onde a maior parte destes fósseis é encontrada) de Bitter Springs, na Austrália.

2 bilhões de anos - microfósseis indicam vida no Canadá.

3,465 bilhões de anos - microfósseis na Suazilância mostram sinais de vida.

Período Ediacarano

O final do Neoproterozoico é conhecido como o Ediacarano. Fósseis de animais pluricelulares são conhecidos a partir deste período, mas nada com concha ou casca dura. Muitos cientistas preferem incluir o Ediacarano no Paleozoico ao invés do Pré-Cambriano.

Estromatólitos

Os primeiros bons fósseis descobertos são de estromatólitos. Eles ocorrem quando filamentos microscópicos de algas ou bactérias atraem partículas de sedimento e formam uma matriz, como uma espécie de esteira. Outras matrizes se juntam para formar esta estrutura abobadada. Os estromatólitos mais antigos têm 3,1 bilhões de anos de idade. Hoje em dia, são encontrados no Mar Vermelho e próximos à Austrália, em baías salgadas e protegidas, onde não há outras formas de vida que possam atrapalhar seu desenvolvimento.

Terra Bola de Neve

Aparentemente entre 750 e 580 milhões de anos atrás, a Terra esteve completamente congelada. Como isso deve ter acontecido logo antes de animais pluricelulares surgirem, é possível que o retorno a um clima mais uniforme após um evento tão drástico tenha favorecido explosão na evolução. Evidências: rochas congeladas na Austrália e outros continentes, daquela época, formadas no nível do mar próximo ao Equador; calcários formados na ocasião mostram que se formaram em água muito gelada; minerais formados nesse período de tempo apresentam falta de oxigênio. Isto poderia acontecer se uma condição climática glacial tivesse causado a morte de quase todas as formas de vida.

Animais do Ediacarano

Os primórdios dos seres vivos eram apenas moléculas que podiam se replicar. Depois surgiram os organismos unicelulares, a princípio com células procariotas e, por fim, complexas células eucariotas. Disso desenvolveram-se até surgirem os tipos pluricelulares, com células formando tecidos que formavam órgãos. Entre os primeiros organismos pluricelulares estavam seres estranhos, de corpo mole, no período Ediacarano na Austrália e na Inglaterra. Estes seres incluem Spriggina, que parecia uma espécie de lagarta segmentada, e Charnodiscus, um animal parecido com uma pena, similar aos da ordem Pennatulacea, "canetas-do-mar".

Revista "o Mundo Pré-Histórico" - Livros Escala.

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