Há 65 milhões de anos a Terra vivia um período de constantes alterações climáticas. Secas prolongadas, grandes inundações, planícies formadas pelo surgimento de rios efêmeros, intensa atividade de vulcões, terremotos, maremotos e outras catástrofes naturais eram comuns. Nesse cenário, vivia um animal de até 3,5 metros de altura, de 12 a 20 metros de comprimento e peso entre 12 e 16 toneladas. Ele habitava a região onde hoje fica a cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Apesar do tamanho, o bicho cultivava hábitos herbívoros, alimentando-se de plantas e da folhagem da copa das árvores. Batizado de Uberabatitan ribeiroi, ele foi o maior dinossauro já descoberto no Brasil. A apresentação pública da reconstituição de seu esqueleto – realizada com o apoio da FAPERJ – ocorreu no dia 24 de setembro, na Casa da Ciência, em Botafogo, Zona Sul do Rio. O evento reuniu vários pesquisadores, dentre eles, o paleontólogo Ismar de Souza Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos responsáveis pela descoberta.
De pescoço e cauda longos, crânio pequeno, quatro patas semelhantes às de um elefante, o Uberabatitan ribeiroi pertenceu ao grupo dos titanossauros, que habitaram todos os continentes do planeta, com exceção da Antártica. Segundo Ismar Carvalho, além de ser o maior, o dinossauro foi o último dos dinossauros descobertos no Brasil.
Isto porque ele viveu no final do período Cretáceo, ou seja, há cerca de 65 milhões de anos, época em que profundas alterações climáticas levaram à extinção de diversos animais no planeta, entre eles, os dinossauros. “A quantidade de fragmentos ósseos do Uberabatitan, o estado de conservação dos achados, as informações colhidas das vértebras do pescoço e o local da descoberta são tão ou até mais importantes que o dinossauro em si. Isso porque eles nos dão pistas dos hábitos e habitats de espécies animais já extintas, do meio ambiente e do clima da época. Entre estes animais, os titanossauros”, explica o paleontólogo.
O trabalho de campo que resultou na montagem do esqueleto do Uberabatitan ribeiroi reflete o tamanho do achado. A escavação encontrou 298 fragmentos ósseos, dos quais 198 foram identificados e 100 não identificados. Ao todo, foram retiradas 300 toneladas de rochas em três anos de árduo trabalho manual – entre os anos de 2004 e 2006 – feito por dez técnicos do Centro Paleontológico Price e do Museu dos
Dinossauros, situado no bairro de Peirópolis, em Uberaba, Minas Gerais. “Foi a maior escavação para a retirada de um dinossauro já realizada no país. Dos fragmentos ósseos identificados, 37 serviram para a identificação da nova espécie”, acrescenta Ismar Carvalho.
A escavação do material foi realizada num trecho da BR-050, localizado a 30 quilômetros de Uberaba, num local conhecido como Serra da Galga. Os 198 fragmentos ósseos identificados serviram para identificar três dinossauros: um de grande porte (o Uberabatitan), um de médio porte e outro pequeno porte. “Trata-se da maior assembléia de morte de titanossauros já encontrada no Brasil. Nela podemos identificar um dinossauro terópode do tipo Abelisauroidea.
Infelizmente, a quantidade de ossos achados não possibilitou identificar esta nova espécie”, explica o paleontólogo. O cenário ambiental da época era de profundas alterações climáticas. Guardadas as devidas proporções, pode-se dizer que era algo semelhante ao que vivemos atualmente, com as catástrofes naturais decorrentes do aquecimento global.
A reconstituição do esqueleto foi realizada em dois anos e envolveu técnicas de modelagem digital, além de modelagem de réplicas dos fósseis originais empregando silicone como material. O trabalho envolveu a participação de 10 paleoartistas.
“O nome Uberabatitan significa “gigante de Uberaba” e o sobrenome ribeiroi é uma homenagem a Luiz Carlos Borges Ribeiro, responsável pelo Centro Paleontológico Price e Museu dos Dinossauros”, explica Ismar Carvalho. A identificação da nova espécie contou ainda com a participação do paleontólogo Leonardo Salgado, da Universidade Nacional de Comahue, de Buenos Aires, Argentina. A descoberta teve repercussão internacional e rendeu um artigo numa das mais importantes publicações científicas da área, a Palaeontology.
A realização de todo o trabalho que resultou na descoberta, reconstituição do esqueleto e exposição pública do achado contou com o patrocínio e apoio de diversas outras instituições além da FAPERJ. Entre elas, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, Casa da Ciência da UFRJ, Instituto Virtual de Paleontologia da FAPERJ, entre outras.
A réplica do esqueleto do Uberabatitan ribeiroi e do dinossauro Abelisauroidea está aberta para visitação pública e gratuita na Casa da Ciência (Rua Lauro Müller, Nº 3, Botafogo, ao lado do Canecão) até o dia 24 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 9 às 20h, sábados, domingos e feriados, das 10 às 20h. Mais informações e agendamento de visitas escolares pelo telefone: (21) 2542-7494. Vinicius
Apesar do tamanho, o bicho cultivava hábitos herbívoros, alimentando-se de plantas e da folhagem da copa das árvores. Batizado de Uberabatitan ribeiroi, ele foi o maior dinossauro já descoberto no Brasil. A apresentação pública da reconstituição de seu esqueleto – realizada com o apoio da FAPERJ – ocorreu no dia 24 de setembro, na Casa da Ciência, em Botafogo, Zona Sul do Rio. O evento reuniu vários pesquisadores, dentre eles, o paleontólogo Ismar de Souza Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos responsáveis pela descoberta.
De pescoço e cauda longos, crânio pequeno, quatro patas semelhantes às de um elefante, o Uberabatitan ribeiroi pertenceu ao grupo dos titanossauros, que habitaram todos os continentes do planeta, com exceção da Antártica. Segundo Ismar Carvalho, além de ser o maior, o dinossauro foi o último dos dinossauros descobertos no Brasil.
Isto porque ele viveu no final do período Cretáceo, ou seja, há cerca de 65 milhões de anos, época em que profundas alterações climáticas levaram à extinção de diversos animais no planeta, entre eles, os dinossauros. “A quantidade de fragmentos ósseos do Uberabatitan, o estado de conservação dos achados, as informações colhidas das vértebras do pescoço e o local da descoberta são tão ou até mais importantes que o dinossauro em si. Isso porque eles nos dão pistas dos hábitos e habitats de espécies animais já extintas, do meio ambiente e do clima da época. Entre estes animais, os titanossauros”, explica o paleontólogo.
O trabalho de campo que resultou na montagem do esqueleto do Uberabatitan ribeiroi reflete o tamanho do achado. A escavação encontrou 298 fragmentos ósseos, dos quais 198 foram identificados e 100 não identificados. Ao todo, foram retiradas 300 toneladas de rochas em três anos de árduo trabalho manual – entre os anos de 2004 e 2006 – feito por dez técnicos do Centro Paleontológico Price e do Museu dos
Dinossauros, situado no bairro de Peirópolis, em Uberaba, Minas Gerais. “Foi a maior escavação para a retirada de um dinossauro já realizada no país. Dos fragmentos ósseos identificados, 37 serviram para a identificação da nova espécie”, acrescenta Ismar Carvalho.
A escavação do material foi realizada num trecho da BR-050, localizado a 30 quilômetros de Uberaba, num local conhecido como Serra da Galga. Os 198 fragmentos ósseos identificados serviram para identificar três dinossauros: um de grande porte (o Uberabatitan), um de médio porte e outro pequeno porte. “Trata-se da maior assembléia de morte de titanossauros já encontrada no Brasil. Nela podemos identificar um dinossauro terópode do tipo Abelisauroidea.
Infelizmente, a quantidade de ossos achados não possibilitou identificar esta nova espécie”, explica o paleontólogo. O cenário ambiental da época era de profundas alterações climáticas. Guardadas as devidas proporções, pode-se dizer que era algo semelhante ao que vivemos atualmente, com as catástrofes naturais decorrentes do aquecimento global.
A reconstituição do esqueleto foi realizada em dois anos e envolveu técnicas de modelagem digital, além de modelagem de réplicas dos fósseis originais empregando silicone como material. O trabalho envolveu a participação de 10 paleoartistas.
“O nome Uberabatitan significa “gigante de Uberaba” e o sobrenome ribeiroi é uma homenagem a Luiz Carlos Borges Ribeiro, responsável pelo Centro Paleontológico Price e Museu dos Dinossauros”, explica Ismar Carvalho. A identificação da nova espécie contou ainda com a participação do paleontólogo Leonardo Salgado, da Universidade Nacional de Comahue, de Buenos Aires, Argentina. A descoberta teve repercussão internacional e rendeu um artigo numa das mais importantes publicações científicas da área, a Palaeontology.
A realização de todo o trabalho que resultou na descoberta, reconstituição do esqueleto e exposição pública do achado contou com o patrocínio e apoio de diversas outras instituições além da FAPERJ. Entre elas, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, Casa da Ciência da UFRJ, Instituto Virtual de Paleontologia da FAPERJ, entre outras.
A réplica do esqueleto do Uberabatitan ribeiroi e do dinossauro Abelisauroidea está aberta para visitação pública e gratuita na Casa da Ciência (Rua Lauro Müller, Nº 3, Botafogo, ao lado do Canecão) até o dia 24 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 9 às 20h, sábados, domingos e feriados, das 10 às 20h. Mais informações e agendamento de visitas escolares pelo telefone: (21) 2542-7494. Vinicius
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