Cambriano

O período com muitas mudanças e transformações e novas vidas surgindo, além de mudanças e aparições de blocos de terra.

Do latim Câmbria, antigo nome do Norte do País de Gales

Definido pelo geólogo inglês Adam Sedwick, em 1835, o Período Cambriano durou de 545 à 495 milhões de anos.
Apesar de existirem alguns registros de vida desde o Arqueano, o Cambriano é considerado o marco inicial da expansão da vida na Terra, e seu limite inferior corresponde ao primeiro registro de animais com partes mineralizadas.

O mundo cambriano correspondia a, pelo menos, quatro grandes continentes:

(1) Laurentia (parte da atual América do Norte),
(2) Báltica (parte da atual Europa),
(3) Sibéria e
(4) Gondwana (partes da América do Sul, África, Austrália e Antártica).

Havia também blocos menores, correspondentes à partes das atuais África, China, Índia, do Oriente médio e do Sudeste asiático.

A área continental emersa era quase tão grande quanto a atual.

Cada bloco continental era circundado por uma plataforma rasa, onde a vida florescia. Os animais mais abundantes eram trilobitas , braquiópodes e graptólitos.

Localmente, havia geração de rochas ígneas, mas predominam as rochas sedimentares. Espessos pacotes de evaporitos depositados na Sibéria, Oriente Médio e Índia, sugerem regiões de temperatura amena e altas taxas de evaporação.

São encontrados, também, arenitos marinhos, folhelhos, calcários e rochas vulcânicas

Não há registros de glaciações nesse período.

No Cambriano Médio houve uma relevante transgressão marinha, inundando o interior da maioria dos continentes.

Nesses mares rasos, intracontinentais, ocorreu uma extensa sedimentação de carbonatos.

No Cambriano Superior as placas Laurentia e Báltica se moviam em rota de colisão, começando a consumir o Oceano Iapetus, que se localizava entre elas, dando início à Orogênese Caledoniana.

Já no Bloco Gondwana estava terminando o Evento Brasiliano - Panafricano, representado no Brasil pelo final das orogêneses Ribeira (600-540 - Heilbron et al., 1998) e Búzios ( 520-500 - Schmmit et al., 1999), na região sudeste do país.

Nas áreas intracontinentais do Gondwana começavam os esforços distensivos que viriam a gerar as grandes bacias sedimentares paleozóicas, como é o caso do Grupo Castro, que é a base da Bacia do Paraná, no sul do Brasil.

Trilobitas 

 Os trilobitas (latim tri = três + lobus = lobo) são artrópodos marinhos que viveram em todos os oceanos do planeta, entre 600 e 250 milhões de anos. Apresentaram o corpo dividido em três partes: céfalo, tórax e pigídio. As duas últimas eram constituídas de somitos trilobados, motivo da denominação do grupo. O seu comprimento variou, em geral, de 2 a 10 cm. Porém algumas formas atingiram 70 cm a quase 1 metro. Não existem organismos recentes proximamente aparentados aos trilobitas.


Burgess - Canadá Invertebrados 

Sem partes resistentes fossilizáveis, sem correspondentes recentes. Invertebrados artropodizados diversos (14 gêneros de trilobitóideos); 30 outros artropoídeos (talvez transicionais entre trilobitas e crustáceos); celenterados medusóideos e polipóideos; anélideos variados e equinodermos holuturóideos. 


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