Os pesquisadores acreditam o frio foi causado por uma mudança repentina na corrente do Golfo, no Oceano Atlântico, um fenômeno que poderia voltar a acontecer. De acordo com os cientistas, a extinção dos dinossauros foi resultado de uma série de eventos ambientais que começaram com a mudança na temperatura, ao contrário do que diz a teoria mais aceita, que a extinção foi resultado de um evento cataclísmico - como a queda de um meteoro - há 65 milhões de anos.
O estudo, coordenado pelo cientista Gregory Price, utilizou fósseis e minerais encontrados em Svalbard, na Noruega, que indicam a queda na temperatura. Os pesquisadores afirmam que o frio foi muito severo para as espécies que viviam em locais mais quentes, como áreas mais rasas de oceanos, além da terra e pântanos. Esses animais teriam morrido por não aguentar a mudança.
Os cientistas dizem ainda que o momento em que essa queda ocorreu foi em um momento de efeito estufa, similar ao que ocorre hoje com o planeta. "A queda nas temperaturas talvez tenha sido causada por uma mudança na circulação do oceano, muito parecido com o que está sendo previsto para a Corrente do Golfo", diz Price à reportagem.
"Nós acreditamos que os dinossauros eram provavelmente criaturas de sangue frio e teriam que se esquentar para viver. Se eles não foram capazes de migrar para o sul, eles podem ter acabado extintos. (...) Nos acreditamos agora que eles morreram gradualmente e é muito possível que isso tenha sido causado por uma série de mudanças climáticas", diz o pesquisador.
Ainda de acordo com a reportagem, a queda na temperatura pode ter ocorrido por causa dos altos níveis de CO2 na atmosfera, o que teria aumentado o calor no planeta e feito derreter o gelo polar - um fenômeno atualmente previsto para acontecer novamente na nossa era.
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