O registro fossilífero preserva a história da vida desde os organismos unicelulares mais antigos até as criaturas multicelulares mais complexas - incluindo plantas, fungos e animais - ainda viventes. Ele mostra que formas unicelulares de vida chamadas procariontes apareceram muito cedo na história do nosso planeta - traços de vida microscópica foram datados de aproximadamente 3,8 bilhões de anos atrás. Organismos mais complexos só que ainda unicelulares , apareceram no registro fossilífero de aproximadamente dois bilhões de anos atrás. Nessas células, chamadas eucariontes, a informação genética é estocada no núcleo. Organismos eucariontes incluem plantas, fungos e muitos outros grupos. No final do Pré - Cambriano ( aproximadamente milhões de anos atrás ), o primeiro eucarionte multicelular metazoário apareceu. No Cambriano ( 542 a 500 milhões de anos atrás ), esses metazoários se diversificaram em muitos tipos de animais.
A Primeira Vida
Origem dos Eucariontes
Vida Vendiana
Fóssil de Mausonites, com forma de folhas
Os restos fossilizados da fauna Vendiana ( animais Pré-Cambrianos ) foram encontrados primeiramente nos morros de Ediacara, no sul da Austrália. Essas formações compostas de discos incomuns e fósseis em forma de folhas, tais como os Mausonites ( foto acima ), foram as primeiras tentativas de vida multicelulares. A fauna Vendiana lembra vagamente criaturas que apareceram posteriormente como, por exemplo, a Sprigginia que se parece com um verme, enquanto que Charniodiscus lembra uma pena-do-mar. Alguns paleontólogos acreditam que a fauna Vendiana inclui os mais antigos representantes de muitos grupos de animais. Como esses fósseis são muito incompletos, permanecem dúvidas. Outra teoria é que organismos vendianos representam um grupo independente da vida eucariótica, sem relações com organismos posteriores.
O Folhelho Burgess
O Folhelho Burgess, da Colômbia Britânica, Canadá, é uma unidade de rocha famosa composta por camadas de silte muito finas depositadas no fundo de um mar raso do Cambriano. Descoberto em 1909 por um paleontólogo americano chamado Charles Walcott, ele contém milhares de fósseis de animais bem preservados incluindo os membros mais antigos de grupos modernos metazóides, bem como outros animais que foram extintos logo em seguida. O Folhelho Burgess nos dá uma visão única da explosão da vida no Cambriano. Artrópodes, vermes, os primeiros cordados ( parentes dos vertebrados ) e membros de vários outros grupos, muitos preservados com as partes moles intactas, são encontrados ali.
A Diversidade dos Metazoários
O Folhelho Burgess mostra muito bem como os protozoários diversificaram-se para preencher os nichos ecológicos disponíveis. O restante do eon Fanerozoário ( a era da vida evidente ) viu uma diversificação crescente desses grupos, com uma explosão no número e variedade de artrópodes e vertebrados. Os animais invadiram os ares, espalharam-se pelo ambiente de água doce e colonizaram todos os ambientes terrestres. Moluscos e verterados cresceram para se tornar milhares de vezes maiores que as primeiras formas. Organismos unicelulares, no entanto, não diminuíram em importância e número. Bactérias estão presentes em todo o mundo, em todos os ambientes, e sobrepujam em muito o número de metazoários, de tal forma que hoje ainda pode ser considerada "a era das bactérias".
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