Os répteis modernos são animais pacatos que dependem do ambiente para se aquecer. Quando os dinossauros foram descobertos, em meados do século 19, os paleontólogos pensavam que eles eram iguais.
Porém, pesquisas recentes sugerem que eles eram criaturas mais rápidas, ágeis, como o Tiranossauro rex e o velociraptor retratados em filmes como “Jurassic Park”, o que exige temperatura do corpo regulada, mais quente.
Agora, cientistas desenvolveram uma maneira de determinar a temperatura do corpo dos dinossauros pela primeira vez, oferecendo novas percepções sobre o assunto.
A equipe descobriu que a temperatura corporal dos dinossauros era próxima a dos mamíferos, e que a fisiologia deles lhes permitia regular essa temperatura.
Ao analisar os dentes de saurópodes (dinossauros de cauda e pescoço longos, os maiores animais de terra que já viveram), os cientistas descobriram que estes dinossauros eram tão quentes quanto os mamíferos mais modernos.
O método consistiu de medir as concentrações dos isótopos raros de carbono 13 e oxigênio 18 em bioapatite, um mineral encontrado nos dentes e ossos. Quantas vezes esses isótopos se “vinculam” um com o outro depende da temperatura. Quanto menor a temperatura, mais carbono 13 e oxigênio 18 se ligam em bioapatite.
Medir o acúmulo desses isótopos é uma maneira direta de determinar a temperatura do ambiente em que o mineral se formou – neste caso, dentro do dinossauro. Como a termodinâmica trabalha da mesma forma há 150 milhões de anos, essa é uma técnica confiável.
Os pesquisadores analisaram 11 dentes, desenterrados na Tanzânia, Wyoming e Oklahoma, EUA, que pertenciam aos dinossauros Brachiosaurus e Camarasaurus. O Brachiosaurus tinha uma temperatura de cerca de 38,2 graus Celsius e o Camarasaurus cerca de 35,7 graus Celsius, mais quentes do que crocodilos modernos e mais frios do que pássaros. As medições são precisas dentro de um ou dois graus Celsius.
O fato de que as temperaturas foram semelhantes aos dos mamíferos mais modernos pode implicar que os dinossauros tinham um metabolismo de sangue quente. Entretanto, a questão é mais complexa. Como os dinossauros saurópodes eram grandes, poderiam conservar o calor do corpo com muito mais eficiência do que os mamíferos menores, como seres humanos.
Segundo os pesquisadores, a temperatura do corpo estimada fornece informações fundamentais que qualquer modelo de fisiologia de dinossauros tem que ser capaz de explicar. Sendo assim, os dados podem ajudar os cientistas a testar modelos fisiológicos para explicar como esses organismos viveram.
Os modelos atuais implicam que os dinossauros eram “gigantotérmicos”, que mantinham altas temperaturas por causa de seu tamanho. Para explicar as baixas temperaturas, os pesquisadores sugerem que os dinossauros poderiam ter tido adaptações fisiológicas ou comportamentais que lhes permitiam evitar ficar muito quente.
Os dinossauros poderiam ter tido menor taxa metabólica para reduzir a quantidade de calor interno. Eles poderiam também ter algo como um sistema para dissipar o calor. Ainda poderiam ter dissipado o calor através de seus longos pescoços e caudas.
O próximo passo da pesquisa é determinar a temperatura de mais amostras de dinossauro, e estender o estudo para outras espécies de vertebrados extintos. Em particular, descobrir as temperaturas de dinossauros muito pequenos e jovens vai ajudar a testar se os dinossauros eram de fato gigantotérmicos.
Olá, vi no blog que está rodando pelo Brasil um exposição de dinossauros da aptagoônia, vc tem algum contato com quem organiza? e vi que ja rodou uma outra de dinossauros do Brasil, e se tiver algum contato, somos do museu no ES, e estamos em busca de uma exposição parecida aqui na cidade, aguardo contato mansurmartinelli@yahoo.com.br
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