Agora, no entanto, um estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) indica que o paleontólogo do século retrasado estava certo. Uma equipe liderada por Koen Stein e Martin Sander, da Universidade de Bonn, cortou os ossos do pequeno fóssil para estudar sua microestrutura.
"Osso é um tecido vivo, e se dissipa e se reconstrói ao longo da vida do animal", explica Stein, em nota. "Fomos capazes de distinguir essas características de reconstrução no Magyarosaurus, o que prova que ele era adulto".
O Magyarosaurus tinha o tamanho aproximado de um cavalo, o que representa algo muito pequeno para um animal de sua classe, os chamados saurópodes. Espécies que precisam se adaptar a ambientes com recursos limitados, como ilhas, muitas vezes acabam tendo o tamanho reduzido. O fato já foi documentado em fósseis de elefantes e hipopótamos anões descobertos no Mediterrâneo, e essa foi a explicação sugerida por Nopcsa há mais de 100 anos.
"Nosso estudo mostra que dinossauros em ilhas estavam sujeitos aos mesmo processos ecológicos e evolucionários que moldam os mamíferos modernos", afirmou Martin Sander.
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