Fósseis. Chama-se 'Miragaia longicollum' porque tem o pescoço longo, foi descoberto na Lourinhã e é uma nova espécie de dinossauro. A equipa do paleontólogo Octávio Mateus já publicou um artigo científico
Quando o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa, foi alertado há dez anos para o achado de um grande osso num caminho agrícola de Miragaia (Lourinhã) não podia saber que esse era o primeiro passo para a descoberta de uma nova espécie de dinossauro em Portugal. Este é um novo estegossauro (com placas ósseas no dorso, a lembrar a imagem de um dragão), que os seus descobridores baptizaram de Miragaia longicollum, um nome cheio de significados. Entre eles, o de pescoço comprido, uma das imagens de marca da espécie.
O artigo científico com a descrição do novo dinossauro, que viveu no Jurássico Superior (há 150 milhões de anos), foi publicado na semana passada, na Proceedings of the Royal Society, pela equipa liderada por Octávio Mateus, que conta com uma paleontóloga da Universidade de Cambridge.As escavações foram feitas em 1999 e 2001. Entre 2002 e 2006, os investigadores fizeram a preparação laboratorial dos fósseis, os moldes e as réplicas. O estudo iniciou-se então e ficou concluído em 2008.
"O esqueleto não está completo, mas para um dinossauro é bom", adiantou ao DN Octávio Mateus, sublinhando que "o crânio está completo, o que faz dele o único crânio de estegossauro da Europa".Em 2006 a equipa percebeu que aquele não era uma estegossauro como os outros. Este tem um longo pescoço de metro e meio, com 17 vértebras. "Pode haver duas razões para isto", diz Octávio Mateus.
"Ou se tratou de uma adaptação, como estratégia de alimentação, por exemplo, ou houve uma selecção sexual, por preferência de parceiros com o pescoço mais compridos". O aparecimento de novas vértebras, por regulação genética e a cervicalização das vértebras dorsais terão conduzido a esse pescoço mais longo. "Mas o que isto demonstra é uma enorme plasticidade evolutiva dos dinossauros", conclui Octávio Mateus.
Quando o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa, foi alertado há dez anos para o achado de um grande osso num caminho agrícola de Miragaia (Lourinhã) não podia saber que esse era o primeiro passo para a descoberta de uma nova espécie de dinossauro em Portugal. Este é um novo estegossauro (com placas ósseas no dorso, a lembrar a imagem de um dragão), que os seus descobridores baptizaram de Miragaia longicollum, um nome cheio de significados. Entre eles, o de pescoço comprido, uma das imagens de marca da espécie.
O artigo científico com a descrição do novo dinossauro, que viveu no Jurássico Superior (há 150 milhões de anos), foi publicado na semana passada, na Proceedings of the Royal Society, pela equipa liderada por Octávio Mateus, que conta com uma paleontóloga da Universidade de Cambridge.As escavações foram feitas em 1999 e 2001. Entre 2002 e 2006, os investigadores fizeram a preparação laboratorial dos fósseis, os moldes e as réplicas. O estudo iniciou-se então e ficou concluído em 2008.
"O esqueleto não está completo, mas para um dinossauro é bom", adiantou ao DN Octávio Mateus, sublinhando que "o crânio está completo, o que faz dele o único crânio de estegossauro da Europa".Em 2006 a equipa percebeu que aquele não era uma estegossauro como os outros. Este tem um longo pescoço de metro e meio, com 17 vértebras. "Pode haver duas razões para isto", diz Octávio Mateus.
"Ou se tratou de uma adaptação, como estratégia de alimentação, por exemplo, ou houve uma selecção sexual, por preferência de parceiros com o pescoço mais compridos". O aparecimento de novas vértebras, por regulação genética e a cervicalização das vértebras dorsais terão conduzido a esse pescoço mais longo. "Mas o que isto demonstra é uma enorme plasticidade evolutiva dos dinossauros", conclui Octávio Mateus.
0 comentários:
Postar um comentário