Fósseis de uma espécie de dinossauro descobertos desde 1978 em um antigo lago onde atualmente existe o deserto de Gobi, na China, permitiram a pesquisadores chineses e americanos recriar uma tragédia ocorrida há 90 milhões de anos. Esqueletos em perfeito estado de conservação do Sinornithomimus Dongi - dinossauro bípede e semelhante a um avestruz - foram encontrados em escavações no oeste do deserto. As informações foram publicadas pela EFE nesta segunda-feira.
Segundo os paleontólogos, 25 exemplares jovens da espécie agonizaram até a morte ao ficarem presos no lodo às margens do lago. Na tentativa desesperada de escapar da lama, os dinossauros também teriam atraído a atenção de predadores que podem ter ajudado a "acabar com o sofrimento" dos animais.
Os especialistas estudaram os detalhes da posição dos ossos para tentar entender a razão pela qual tantos dinossauros de uma mesma espécie morreram tão próximos. O estudo sugere que a morte coletiva aconteceu em um curto intervalo de tempo porque as ossadas apresentaram o mesmo estado de preservação e a maioria estava de frente para a mesma direção, com as patas atoladas no barro.
Além disso, a ausência dos ossos do quadril - parte mais carnosa - indicam que alguns dos exemplares foram atacados por dinossauros carnívoros. "Pela primeira vez senti pena em uma escavação porque sabemos como eles morreram. Foi uma sensação estranha", disse o paleontólogo David Varicchio, da Universidade de Montana, nos Estados Unidos.
De acordo com Paul Sereno, da Universidade de Chicago, também nos EUA, a morte em conjunto trouxe à tona uma rara visão do comportamento social de uma espécie durante o período Cretáceu Superior. "Todos eram filhotes entre 1 e 7 anos, o que indica que os mais jovens de uma manada eram abandonados para os adultos ocuparem seus ninhos", explicou.
Os últimos esqueletos do Sinornithomimus Dongi, encontrados no último mês de fevereiro, foram reconstruídos e expostos ao público. Os estômagos dos exemplares, segundo os paleontólogos, ainda conservam os restos da última refeição e as pedras utilizadas para digerir o alimento. "Este é o primeiro lugar onde uma população de dinossauros, um conjunto natural de indivíduos, ficou preservada intacta. Isso é importante para conhecer o seu comportamento", avaliou Sereno.
Os primeiros ossos da manada foram descobertos em 1978 por um geólogo chinês na subida de uma pequena colina no deserto de Gobi. Os resultados da pesquisa, que também contou com a participação da Academia Chinesa de Ciência, foram publicados na revista científica Acta Palaeontologica Polonica.
Segundo os paleontólogos, 25 exemplares jovens da espécie agonizaram até a morte ao ficarem presos no lodo às margens do lago. Na tentativa desesperada de escapar da lama, os dinossauros também teriam atraído a atenção de predadores que podem ter ajudado a "acabar com o sofrimento" dos animais.
Os especialistas estudaram os detalhes da posição dos ossos para tentar entender a razão pela qual tantos dinossauros de uma mesma espécie morreram tão próximos. O estudo sugere que a morte coletiva aconteceu em um curto intervalo de tempo porque as ossadas apresentaram o mesmo estado de preservação e a maioria estava de frente para a mesma direção, com as patas atoladas no barro.
Além disso, a ausência dos ossos do quadril - parte mais carnosa - indicam que alguns dos exemplares foram atacados por dinossauros carnívoros. "Pela primeira vez senti pena em uma escavação porque sabemos como eles morreram. Foi uma sensação estranha", disse o paleontólogo David Varicchio, da Universidade de Montana, nos Estados Unidos.
De acordo com Paul Sereno, da Universidade de Chicago, também nos EUA, a morte em conjunto trouxe à tona uma rara visão do comportamento social de uma espécie durante o período Cretáceu Superior. "Todos eram filhotes entre 1 e 7 anos, o que indica que os mais jovens de uma manada eram abandonados para os adultos ocuparem seus ninhos", explicou.
Os últimos esqueletos do Sinornithomimus Dongi, encontrados no último mês de fevereiro, foram reconstruídos e expostos ao público. Os estômagos dos exemplares, segundo os paleontólogos, ainda conservam os restos da última refeição e as pedras utilizadas para digerir o alimento. "Este é o primeiro lugar onde uma população de dinossauros, um conjunto natural de indivíduos, ficou preservada intacta. Isso é importante para conhecer o seu comportamento", avaliou Sereno.
Os primeiros ossos da manada foram descobertos em 1978 por um geólogo chinês na subida de uma pequena colina no deserto de Gobi. Os resultados da pesquisa, que também contou com a participação da Academia Chinesa de Ciência, foram publicados na revista científica Acta Palaeontologica Polonica.
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