Permiano

O período permiano ocorreu entre 286 a 245 milhões de anos, foi o último período da era paleozóica. A separação entre o paleozóico e o mesozóico ocorreu no fim do permiano na grande extinção maciça a maior registrada na história da vida da Terra. 

A extinção afetou muitos grupos de organismos em ambientes variadas, mas afetou as comunidades marinhas com mais intensidade, causando a extinção da maioria dos invertebrados marinhos do paleozóico. Alguns grupos sobreviveram a extinção maciça permiana em números extremamente diminuídos, porem nunca mais alcançaram outra vez o domínio ecológico que tiveram. Na terra, uma extinção relativamente menor dos diapsídeos e dos sinapsídeos mudou a maneira de domínio das espécies, dando origem no triássico a idade dos dinossauros. 

As florestas gigantes de pteridofitas deram espaço as florestas de gimnospermas em definitivo. As coníferas modernas aparecem primeiro no registro fóssil do permiano. A geografia global da época indica que o movimento das placas tectônicas tinha produzido o supercontinente conhecido como Pangea (somente Ásia era quebrada ao norte naquele tempo o resto do mundo estava concentrado na pangea). Pangea começava no pólo norte e ia até o pólo sul. A maior parte da superfície da terra foi ocupada por um único oceano conhecido como Panthalassa e um mar menor ao leste de Pangea conhecido como Tethys.

Nos eventos geológicos enormes glaciações ao sul pois ainda estava próximo ao pólo no permiano inferior.  Na vida animal extinções em massa, fim dos trilobitas e de várias famílias paleozóicas, dos cotilossauros emergem os terapsídeos. Dos labirintodontes apareceram os ancestrais dos sapos e salamandras. Insetos colonizam os continentes com sucesso. Na vida vegetal o surgimento provável das primeiras cicas. 

Vegetais Glossopteris 

As glossopteridófitas constituem um grupo importante de vegetais extintos, que vieram do Carbonífero Superior ao Triássico, praticamente confinados ao Hemisfério Sul (América do Sul, África do Sul, Austrália, Índia e Antártica). 

Anfíbios

Existem muitas diferenças entre viver em ambiente aquático e fora da água. A mudança de um meio para o outro foi a mais difícil de todas as façanhas dos vertebrados. Por exemplo, o peso de um animal aquático é suportado parcialmente pela água. Mas um animal terrestre deve suportá-lo sozinho. As nadadeiras dos peixes deviam portanto transformar-se em membros mais sólidos. Foi através desta aquisição, entre várias outras, que o peixe se transformou em um animal terrestre, quadrúpede ou “tetrápodo”. 

Ainda que tivessem de retirar oxigênio do ar, os tetrápodos teriam encontrado pouca dificuldade para tanto. Os peixes predecessores possuíam tanto pulmões quanto brânquias. Mas nos tetrápodos anfíbios, as larvas ainda se desenvolvem na água, até alcançarem um estágio quase adulto. Talvez porque na água exista maior acessibilidade de alimentação apropriada para estes pequenos seres. Qualquer que seja a razão, o anfíbio jovem é completamente aquático, respirando por brânquias e nadando por meio de uma cauda. Apenas mais tarde o conhecido girino torna-se capaz de viver em terra, com o crescimento dos membros e a utilização plena dos pulmões. 

Répteis 

Os répteis experimentam importante diversificação à partir do Eo-Permiano. Os pareiassauros eram amniotas reptilianos herbívoros grandes, para o Período Permiano, com dimensões da ordem de 2,5 m de comprimento e 1,5 m de altura. Aparentemente viviam entre áreas pantanosas e regiões menos úmidas. 

Locais onde o crescimento de vegetais teria sido particularmente abundante. Não persistiram por muito tempo, pois viveram apenas entre Meso e Neo-Permiano. Os mesossauros foram animais adaptados à vida anfíbia, ou aquática. Representam portanto um retorno precoce, pelos répteis, ao habitat primitivo dos vertebrados. Um exame mais detido de seus caracteres anatômicos mostra entretanto que os mesossauros possuíam uma estrutura intermediária entre animais continentais terrestres e perfeitamente adaptados à vida aquática. Talvez até pudessem caminhar sobre o solo, embora não muito eficientemente. 

Deste modo não seria impossível que desovassem em terra firme. A natação deve ter sido grandemente auxiliada pela cauda. Em tamanho não ultrapassavam 1 m de comprimento. Seus restos são encontrados em sedimentos de águas pouco energéticas, em associação com troncos de madeira silicificados e carapaças de pequenos crustáceos.

Crise Biótica 

No limite Permiano / Triássico ocorre um fato importante. A substituição rápida, e não gradual, da maior parte das ordens e famílias que haviam dominado no Paleozóico, por microorganismos, vegetais, invertebrados e vertebrados mais modernos. Calcula-se que mais da metade das famílias de invertebrados permianos, não se acha registrada no Triássico. 

Entre os grupos de invertebrados que se extinguiram na “crise permo-triássica” acham-se os trilobitas, ao lado de ordens que dominaram no Paleozóico, Após o Permiano, braquiópodos e crinóideos começam a declinar, hoje assumindo importância restrita. Não se sabem os motivos, mas os moluscos foram relativamente pouco afetados. 

Às extinções maciças de diversos grupos de organismos seguiu-se uma rápida radiação adaptativa. Fato verificado no decorrer de Triássico e Jurássico. A crise permo-triássica foi, sem dúvida alguma, a mais importante da história da vida no Planeta, muito embora tenham ocorrido extinções, também importantes, durante Era Mesozóica.

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