Patagônia é maior centro de escavação de fósseis na América do Sul

Há 90 milhões de anos, dinossauros eram abundantes na região que hoje é a província de Neuquén, na Argentina.

As vértebras, que recebem a atenção de Gastón, Gladys e Ángeles, eram de um dinossauro herbívoro, com 40 metros de altura e peso de 90 toneladas, o equivalente a 45 elefantes adultos. Perto, um pedaço de costela ainda intocado espera para ser escavado.

Visitar o campo de Los Barreales é voltar no tempo. Há 90 milhões de anos, os dinossauros eram abundantes na região que hoje é a província de Neuquén, na Patagônia Argentina. Onde os gigantes deixaram rastros, surgiu uma espécie de Meca da paleontologia: o Projeto Dino, o maior centro de escavação de fósseis da América do Sul, onde o trabalho de pesquisadores, especialistas e voluntários dura o ano inteiro.

“É difícil dizer quanto tempo se leva para desenterrar um fóssil. A gente vai escavando aos poucos, pelos lados, até ter noção do tamanho da peça”, diz Gladys Navarete.

Em seis anos, as escavações em Los Barreales revelaram pouco mais de 500 peças, vértebras, costelas e dentes, principalmente, de dinossauros já conhecidos. Mas isso não é tudo. Os paleontólogos também já descobriram os restos de, pelo menos, três dinossauros carnívoros e dois herbívoros que são completamente desconhecidos dos pesquisadores.

O Projeto Dino não recebe verba oficial e vive da produção de réplicas que são vendidas a museus de outros países e do dinheiro dos visitantes. Um grupo de ingleses estava fascinado. Um turista disse que nunca tinha visto nada igual.

Pouco mais de 15% da área do projeto estão sendo usadas. O paleontólogo Jorge Calvo, chefe do Projeto Dino, diz que ainda há muito que explorar. “Mesmo sem dinheiro, as escavações podem durar até cem anos”.

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