Paleontologia

Infelizmente, a paleontologia no Brasil ainda é fraca. São poucas as verbas para a pesquisa de campo. Mas, ainda bem, isso está mudando. À passos curtos, mesmo assim, a paleontologia está começando a prosperar.

É, claro, não pode ser comparada a paleontologia dos EUA, por exemplo. Dezenas de grandes pontos de escavação e centenas de paleontólogos, entre profissionais e amadores.

O maior trampulim para o sucesso (no ponto de vista de "ser conhecido") da paleontologia são os dinossauros. Dos animais já extintos, eles são sem dúvida nenhuma os mais interessantes, e que mais nos fascinam. O problema é que com pouca pesquisa encontra-se poucos dinossauros, fala-se pouco sobre o assunto, e torna-se menos conhecido. É até mesmo difícil encontrar informações sobre dinossauros brasileiros. Com muito esforço e dedicação pode-se encontrar, mesmo assim, pouca informação na Internet.

Percebe-se que na paleontologia há uma preferência por estudo de ostracodes. Apenas no Sul, em São Paulo e no Nordeste existe um grande interesse e pesquisas significativas sobre dinossauros. Mas agora vejamos a Paleontologia de um ângulo geral.

Paleontologia significa "Estudo da vida extinta". Até o descobrimento do primeiro fóssil de dinossauro não se acreditava que "Deus deixaria suas criações desaparecerem", então conclui-se que a paleontologia começou aí, apesar de eu não ter lido isso em lugar algum.

Em 1820, Gideon Mantell, médico inglês, encontrou dentes imenos numa rocha. Ele nunca tinha visto algo igual, empenhando-se realmente em estudá-los após encontrar outros ossos fossilizados naquela área.

Concluiu Mantell que aqueles dentes e ossos pertenciam a uma espécie enorme de réptil, e chamou-a de Iguanodon, ou seja, "dente de iguana".
Após isso outros dois enormes fósseis foram encontrados na Inglaterra, sendo batizados de Megalosaurus e Hylaeosaurus. Entretanto, apenas em 1841 esses gigantescos animais receberiam um nome para seu grupo. Sir Richard Owen, eminente cientista da época, denominou-os Dinosauria, do grego "lagartos terríveis".

Encontrando um dinossauro:

Tá certo que não se pode saber com exatidão onde estão os fósseis, mas sua lozalização não é um chute cego. Sai Ronaldinho e entram os geólogos. Esses cientistas sabem que os ossos só podem se petrificar se forem depositados em areia ou lama, que agora são rochas sedimentares (se formaram através do depósito de materias ao longo dos anos).

Muitas vezes fósseis são descobertos por acaso, em obras ou áreas de mineração, e os paleontólogos são acionados. Mas os geólogos são capazes de indicar com certeza um terreno rico em fósseis. Daí em diante ocorre uma grande preparação, planejamento e pesquisa, até que se vá escavar.

Tem-se que tomar extremo cuidado ao retirar o fóssil. Eles não passam de ossos petrificados, e são extremamente frágeis. Isso fica complicado quando se tem que transportar uma cauda de Stegosaurus presa à rocha, pesando míseras 2 toneladas.

Ou um fêmur de Tyrannosaurus, teimosamente incrustado a uma rocha, e que tem que ser transportado por um trator (a cauda de Stegosaurus foi transportada por um helicóptero de guerra).

Algumas fotos de equipamentos usados na paleontologia:




Usando os martelos, o paleontólogo escava as proximidades do fóssil. Num trabalho mais delicado ele começa a usar os cinzéis e os pincéis. Após remover o excesso de rochas grudadas no fóssil (os resto das rochas será removido no laboratório), ele começa a envolvê-lo com gesso, para o transporte. Põe-se primeiro bandagens, tecido telado e papel alumínio, e depois sim se envolve com gesso, ou algo do tipo. Depois é só esperar secar e removê-lo com cuidado.

Tem-se também que documentar a posição exata como o dinossauro foi descoberto.
Curiosidade: Quando a equipe do Paleontólogo Paul Sereno encontrou o crânio de Carcarodontosaurus no deserto de Kem Kem, no Marrocos, eles tiveram que carregá-lo 150 metros colina abaixo. O fóssil pesava uns 150kg, e 5 deles iam revesando (4 de cada vez, enquanto um descansava). Mas valeu a pena. O Carcarodontossauro é o segundo maior carnívoro terrestre já descoberto, atrás apenas do Giganotosaurus.

Após a escavação, o fóssil vai para o laboratório, onde se começa retirando a proteção de gesso. Ali os cientistas continuam removendo pedaços de rochas grudadas. Em alguns casos a rocha não desgruda facilmente, e para não correr o risco de danificar o fóssil, este é levado a um banho em ácido. Infelizmente, alguns desses banhos podem durar meses.

Quando todos os pedaços do fóssil já estão catalogados e o animal já foi classificado (ou identificado), os cientistas, juntamente com artistas, começam a reconstrução do bicho. Na maioria das vezes o trabalho consiste em colocar cada osso no lugar, e fazer uma cópia do esqueleto completo, numa posição interessante.

O problema é que dificilmente se encontra mais de 80% do fóssil, e essa reconstrução fica meio difícil. Mas examinando os outros animais da mesma espécie, pode-se "adivinhar" as partes que faltam.

Entretano às vezes is museus querem reproduções do animal por inteiro, com músculos, gordura e pele. Nesse caso tem-se também que descobrir onde os músculos passavam. Como? Na verdade é simples. Nos locais onde se prendem aos ossos, os músculos deixam marcas. Daí é só lembrar daquela aula de anatomia interna e começar a reconstrução.

Sabe-se que a pele dos dinossauros era escamosa por causa de alguns poucos fósseis onde pode-se notar as marcas. Um bom exemplo foi a marca da pele do Carnotaurus, decoberta por Jose Bonaparte, paleontólogo argentino. Mas a cor da pele é puro chute (volta, Ronaldinho). Peraí. Nem tão chute assim, já que leva-se em conta sua camoflagem, de acordo com o ambiente em que vivia (ah, Ronaldinho, esquece, volta pra lá).


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