Tuatara, um réptil Mesozóico!


O Tuatara moderno muito raro é o último sócio de um grupo de répteis antigos chamados de sphenodontians. Eles surgiram durante o período Triássico ao mesmo tempo que os dinossauros. Sphenodontians são archossauros e são encontrados agora só em alguns ilhas pequenas na costa da Nova Zelândia. Durante o período Triássico eles evoluíram rapidamente surgindo muitas formas diferentes. O fim do período Cretáceo não mostra nenhum registro de qualquer sphenodontians diferente do Tuatara ou Sphenodonte para dar seu nome científico.

O Sphenodonte é relacionado aos lagartos, mas é mais primitivo o sistema de mandíbula altamente flexível deles. Eles são caracterizados pelas duas aberturas na região da bochecha do crânio. A tuatara (Sphenodon spp.) é o único representante de répteis da ordem Sphenodontia (ou Rhynchocephalia) e família Sphenodontidae. É um réptil endémico da Nova Zelândia que vive apenas em algumas ilhas ao largo deste país, estando extinto nas duas ilhas principais. É considerado uma espécie ameaçada desde 1895.O nome tuatara é uma palavra Maori que significa dorso espinhoso. O tuatara é considerado um fóssil vivo, já que pouco se modificou desde o Mesozóico, o tempo dos dinossauros.

As tuataras têm características mistas entre lagartos, tartarugas e aves. Os dentes estão fundidos aos maxilares e não têm órgãos de copulação nem auditivos externos. São animais de clima frio, que não suportam temperaturas acima dos 27ºC. Os adultos medem cerca de 60 cm de comprimento, pesam entre 0,5 e 1 kg e são terrestres e principalmente noturnos. Os juvenis adaptaram-se a um modo de vida oposto, arbóreo e diurno, principalmente por serem uma das presas favoritas das tuataras adultas.

O ciclo de vida destes répteis é extremamente longo e os indivíduos podem chegar aos cem anos de vida. As fêmeas levam muitos anos a atingir a maturidade sexual e põem ovos apenas de quatro em quatro anos. O período entre a copulação e a eclosão é de 12 a 15 meses. As tuataras crescem continuamente até aos 35 anos de vida. Como os lagartos, as tuataras têm um olho pineal na testa, coberto por uma escama. A função deste terceiro olho, estando ele coberto, permanece desconhecida.

As tuataras alimentam-se de insectos, lagartos, ovos de aves marinhas e por vezes dos seus próprios juvenis. Habitam zonas de floresta e praias de cerca de trinta ilhas ao largo da Ilha Norte da Nova Zelândia. A espécie S. guntheri está confinada a uma única ilha no Estreito de Cook. O S. punctatus é esverdeado, enquanto que o S. guntheri é acastanhado com manchas amareladas.

A tuatara está ameaçada por perda de habitat e pela competição com espécies introduzidas de roedores e mustelídeos.

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