Mamíferos Placentários surgiram após a Extinção dos Dinossauros

Foi publicado na revista Science um estudo que durou mais de seis anos, onde os cientistas reconstruíram o primeiro mamífero placentário, grupo que reúne mais de 5.100 espécies de mamíferos nas quais os filhotes são nutridos ainda no útero materno, por meio de placenta. Não fazem parte de tal grupo mamíferos que botam ovos, tais como ornitorrinco e marsupiais, tais como o canguru. Normalmente, as tentativas de traçar as origens em comum e as relações evolutivas entre diversas espécies se baseiam em dois tipos de dados: os genéticos, onde o DNA é estudado, e morfológicos e comportamentais, onde o animal ou seus fósseis são observados e estudados. Ambos já foram feitos, mas proporcionaram resultados totalmente diferentes; entretanto, pela primeira vez ambos os métodos foram juntamente utilizados, onde as informações mais importantes foram providas de características de fósseis, que não poderiam ser fornecidas pelo DNA. Por meio desse estudo, outras teses como as de que mamíferos placentários surgiram no final da Era Mesozoica e sobreviveram a Extinção dos Dinossauros não avianos, foram descartadas.

De acordo com a pesquisa os mamíferos placentários surgiram rapidamente após a extinção dos dinossauros, com o ancestral em comum aparecendo de 200.000 a 400.000 anos depois do evento. "Isso é cerca de 36 milhões de anos depois da previsão baseada nos dados puramente genéticos", disse Marcelo Weksler, pesquisador brasileiro do Museu Nacional da UFRJ. Os cientistas utilizaram um banco de dados dos Estados Unidos que é também aberto ao público que contém mais de 4.500 características de mamíferos placentários, com mais de 12 mil imagens. Eles também criaram uma "árvore da vida", que se assemelha com a árvore genealógica, mas que mostra a relação entre as espécies de animais em vez de membros da família. Por meio desta técnica, os cientistas revelaram as características do mamífero ancestral, que pesava entre 6 e 245 gramas, comia insetos, era capaz de escalar e seus filhotes nasciam sem pelos e cegos. O animal possuía um cérebro com córtex complexo e uma placenta na qual o sangue materno circulava em contato com as membranas em volta do feto, como nos seres humanos (texto base de apoio http://veja.abril.com.br/).

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