Dinossauro com penas encontrado em RS é classificado

Descoberto em 2004, o Pampadromaeus foi um dos primeiros sauropodomorfos, demonstrando que antes estes eram parecidos com Terópodes, contudo evoluíram em caracterizações diferentes enquanto os Terópodes continuaram monstruosos.

Cientistas de quatro universidades brasileiras apresentaram nesta quinta-feira em Canoas (RS) o resultado do estudo de uma espécie de dinossauro descoberta em 2004 em Agudo. Após a classificação, o predador plumado ganhou o nome de Pampadromaeus barberenai. A pesquisa foi coordenada pelo professor Sergio Cabreira, da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), e contou com cientistas das universidades de São Paulo (USP), Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e de Minas Gerais (UFMG).

Segundo os paleontólogos, o primeiro nome faz referência ao pampa, os campos característicos do Rio Grande do Sul, e o sufixo grego "dromaeus" à palavra grega para "corredor". Já o segundo nome homenageia o pesquisador e paleontólogo brasileiro Mario Costa Barberena, um dos fundadores do Programa de Pós-graduação em Paleontologia do Instituto de Geociências da Ufrgs.

O fóssil descoberto tem 228 milhões de anos e, destacam os pesquisadores, possui muitas características do grupo dos terópodos - famosos carnívoros como Tyrannosaurus rex e Velociraptor mongoliensis -, em especial ser bípede. Apesar disso, estes predadores existiram apenas 75 milhões atrás, muito depois do corredor dos pampas.

Contudo, o Pampadromaeus é um dos mais antigos representantes da linhagem dos sauropodomorfos, no qual se destacavam dinossauros de pescoço longo, geralmente herbívoros e grandes - como os titanossauros. O dinossauro gaúcho, apesar de pertencer ao grupo, era bem diferente - tinha apenas 1,2 m e era onívoro (comeria pequenos animais, inclusive insetos, e vegetais).

A descoberta indicaria que os primeiros sauropodomorfos e terópodos eram muito semelhantes, mas acabaram gerando dinossauros bem diferentes, o primeiro os saurópodos (herbívoros), enquanto os terópodos continurariam com "monstros" como os tiranossauros.

O estudo foi coordenado pelo paleontólogo Sergio Cabreira (Ulbra) e contou com os pesquisadores Cesar Leandro Schultz e Marina Bento Soares (Ufrgs), Max Cardoso Langer e Jonathas Bittencourt (USP) e Daniel Fortier (UFMG), além do biólogo e mestrando Lúcio Roberto da Silva. (Terra Notícias).

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